O Campeão das Traições

Editorial

Nos últimos dias o ex-prefeito do Cedro, Josenildo Soares, explodiu em declarações furiosas acusando lideranças políticas de traição. Talvez a maioria da população não saiba, mas a história política do Cedro não deixa a negar.

Falar em traição na política é lembrar do troca-troca de palanques de quem agora acusa seus ex aliados de traidores. O ex-prefeito Josenildo é uma das lideranças políticas que mais virou a casaca durante a vida pública, sendo o campeão das “traições” políticas. Em 1992 traiu o grupo de Carlito, pulando para o lado de Gumercino. Em 1996 deixou Gumercino a ver navios e declarou apoio a Luiz Matias.

Não satisfeito, traiu Dr. Idílio em 2004 e declarou apoio ao líder da oposição Dr. Marcondes. Acham que acabou? Em 2006 Josenildo virou a casaca mais uma vez e declarou apoio ao grupo do Antigo PFL, dos ex-prefeitos Luiz Matias e Nezinho Horácio.

De tanto repetir a postura de traição, hoje o ex-prefeito vive numa situação inusitada, sem ter mais a quem trair. Assim, Josenildo adota uma postura agressiva, com ataques rasteiros, tentando levar a população a acreditar em inverdades. O ex-prefeito hoje acusa Luiz Matias, Sérgio Anclemo e Dr. Chicão de ter recebido vantagens indevidas para aderirem ao grupo do atual prefeito Antonio Leite.

Os fatos aqui apresentados nos deixam saturados de dúvidas, mas uma em especial merece a nossa atenção: nas traições praticadas pelo ex-prefeito, o que será que ele recebia como condição para virar a casaca? O traidor na condição de traído é um perfeito excluído no âmago do sentimento de isolamento. A política tem dessas, ontem traíra, hoje traído. Ontem o líder respeitado e popular, hoje o político em naufrágio iminente.