Última cartada: Após derrota de seu grupo, prefeito de Cedro articula vingança contra o povo

O atual gestor de Cedro, Josenildo Soares, ainda não digeriu a humilhante derrota sofrida pelo seu grupo político nas eleições do último dia 02 de outubro. A diferença de 882 votos nas urnas, mais do que provou a urgente necessidade de mudança de rumo desejada pelo povo Cedrense.

Enquanto convive com o gosto amargo do desprestígio no campo político de Cedro, o prefeito arquiteta com a sua equipe a vingança para o povo que ousou em dizer não ao seu projeto político. Para isso, foi engendrado o projeto de emenda à lei orgânica do município (PEL) Nº 001. A medida visa paralisar a próxima gestão, limitando a nomeação para cargos de confiança, os chamados cargos comissionados. Na prática, a proposta prevê que, dos 100% do número de cargos comissionados, 80% sejam ocupados por servidores efetivos, que já integram o quadro do município. Com isso, o futuro gestor, Antônio Leite, ficaria impossibilitado de nomear pessoas as quais o mesmo deposita confiança e que ainda não fazem parte do quadro efetivo do município. Em explicações reais, o próximo administrador estaria impossibilitado de empregar aproximadamente 150 pessoas na sua equipe de gestão.

A medida, caso seja aprovada, seria desastrosa, não só para a aproxima gestão, mas para o município como um todo. Se levarmos em conta os números, podemos afirmar que seriam 150 pessoas, que mesmo capacitadas para trabalhar, estariam impossibilitadas de contribuir para a prosperidade do município. Seriam 150 pessoas a menos deixando de aquecer as compras no comércio local, que em sua grande maioria sobrevive da renda de clientes funcionários do setor público. Seria uma medida prejudicial para o povo, para os comerciantes, para os empresários, para o município.

Mas se o projeto proposto apresenta tantos prejuízos em vista, a quem ele pode beneficiar? Somente a uma pessoa: Ao atual gestor. Josenildo Soares é o único cedrense que tem interesse direto na aprovação urgente dessa medida. Ele é movido pelo interesse político de destruir a gestão do futuro prefeito. A rejeição sofrida pelo seu grupo político nas urnas, fez com que o gestor fosse tomado pelos sentimentos de fúria e descontrole. Essa realidade é perceptível a todos, principalmente aos que já testemunharam o prefeito declarar em tom de ameaça, em um áudio, que o povo irá se arrepender de não ter escolhido a sua candidata a prefeita.

O PEL 001 é na verdade a única forma que o gestor encontrou, nesses últimos dois meses de governo, para retaliar a derrota nas urnas. A derrota do seu grupo, e consequentemente a sua derrota, vendo cair por terra o seu sonho de lançar candidatura ao cargo de deputado estadual em 2018. A aprovação dessa medida descabida para a realidade do Cedro vai depender da posição dos 9 vereadores do município. Com 6 votos o projeto será aprovado e se torna lei, do contrário, é arquivado.

O temor da população tem nomes: Dr. Chicão, Anízia Matias, Maiô, Valgeânio e Nana Martins. Justamente os seis vereadores aliados ao prefeito. Caso sigam as ordens do gestor, serão os vilões do povo, que comprovariam a tese segundo a qual os vereadores não representam os interesses da população, e sim do prefeito. Do contrário, ficarão conhecidos como os legisladores que tiveram a coragem de resguardar os interesses do povo em detrimento de um gestor autoritário, que planeja prejudicar a vida da futura gestão e, principalmente, a vida de várias pessoas que não“rezaram o seu terço” nas eleições municipais. Para os vereadores, o momento é de muita reflexão e avaliação. Os legisladores devem vislumbrar o futuro, pois uma decisão favorável ao projeto de represália do prefeito pode sepultar a carreira política dos que apoiarem a desnuda vingança contra o povo.