Processo eleitoral do STR causa polêmica após mais de um ano da votação
- Da Redação, Cedro Online
- 23 de jun. de 2016
- 3 min de leitura

Realizada em abril de 2015, a eleição para a escolha dos membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cedro –STR causa polêmica até os dias de hoje. À época, disputavam os cargos da gerência as chapas 1 e 2 lideradas por Negô do Barro Branco e Leidimar Maria, respectivamente. O pleito foi marcado por uma disputa acalorada e uma enxurrada de troca de acusações entre os concorrentes. Na ocasião, Negô acabou sendo reeleito à presidência da entidade, acompanhado de sua equipe de chapa. Porém, um dia após o resultado final, os representantes da chapa 2 veicularam uma nota acusando os membros da chapa adversária de fraudarem o resultado das urnas. Além disso, foi aberto um processo na justiça do trabalho de Salgueiro solicitando a anulação do pleito eleitoral.
A ação foi atendida pela justiça, sendo que no mês de maio desse ano, o Juiz Adalberto Barreira Neto, titular do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, determinou a anulação da eleição realizada em 2015, bem como a destituição de toda a diretoria eleita no processo. O Juiz também solicitou que a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco-FETAPE assumisse a gerência do STR e organizasse novas eleições internas em um prazo de até 150 dias.

Mesmo depois da decisão judicial, os membros da chapa liderada por Negô do Barro Branco continuam à frente da gerência do Sindicato. Segundo a atual diretoria divulgou em nota, caso houvesse uma nova eleição, os componentes da chapa 2, liderados por Leidimar, não poderiam participar do pleito, pois todos eles integram hoje a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Cedro-SINTRAF. Os integrantes da chapa 1 disseram que isso foi acordado durante assembleia geral realizada no mês de março de 2016.
Inconformados, os integrantes da chapa 2 veicularam outra nota e acusaram a atual diretoria do STR de descumprir a decisão judicial que determina a destituição dos seus cargos. O texto ainda diz que qualquer decisão da atual diretoria será considerada nula, por ser ilegal juridicamente. Até o momento, a FETAPE não assumiu a gerência do STR. A sucessão de fatos envolvendo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cedro está gerando muitas dúvidas nos filiados da entidade, que diante de inúmeras versões não sabem a quem recorrer. Recentemente, os membros da chapa 2 entraram com mais uma ação na justiça solicitando o imediato cumprimento da medida judicial determinada pelo Juiz Adalberto Barreira Neto.
Veja a nota
NOTA DE ESCLARECIMENTO AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS E DA AGRICULTURA FAMILIAR DE CEDRO
Vimos através desta nota, demonstrar nossa total indignação, pela forma como a Direção destituída do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cedro, vem tentando desonrar o nome dos agricultores e agricultoras que fizeram parte da Chapa 2, nas eleições do ano passado, como também a perseguição feita aos que votaram nessa chapa.
Nos últimos dias, essa direção destituída, divulgou uma comunicação, por meio de carro de som e rádio, em que dizia que os membros da direção do SINTRAF estariam fora do quadro social do STR, alegando ter sido decisão de Assembleia Geral da entidade, realizada no mês de março e ao mesmo tempo, dando um prazo de dez dias para que fosse apresentada defesa, que seria mais uma vez, apreciada por uma assembleia geral.
O comunicado aconteceu como uma ação de desespero, na tentativa de confundir os agricultores, após TODA A DIREÇÃO TER SIDO AFASTADA DO SINDICATO, POR DECISÃO DA JUSTIÇA, por terem fraudado a eleição do Sindicato.
Se não fosse este o único motivo, essa tal comunicação não seria divulgada em carro de som e rádio e enviada aos “interessados” quase três meses depois da realização da suposta assembleia.
Não responderemos oficialmente, a comunicado que foi divulgado, sem necessidade em carro de som e rádio, por uma diretoria que não tem mais nenhum poder de agir em nome da instituição e que já está, por sinal, descumprindo uma medida judicial e mais uma vez agindo com irresponsabilidade e ilegalidade.
Isso só demonstra cada vez mais a prática de enganar as pessoas e o medo de disputar eleições sem falcatruas e com a verdade.
Reafirmamos os termos da Sentença da Justiça do Trabalho, de 13 de maio de 2016, que anulou as eleições, destituiu toda a diretoria eleita e ordenou uma intervenção da FETAPE.
Neste sentido, TODA e QUALQUER decisão tomada por essa diretoria é considerada ilegal e por isso NULA.
Comunicamos aos associados e a população em geral que as medidas judiciais já estão sendo tomadas para corrigir essas irregularidades e afastar imediatamente essa diretoria que não tem a menor preocupação com os agricultores e agricultoras do nosso município.
Atenciosamente,
Membros da Chapa 2 nas eleições do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
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